segunda-feira, outubro 02, 2006


Lady in The Water é um filme triste. M. Night Shyamalan, nas suas três anteriores longas-metragens, tinha traçado um percurso ascendente. Havia uma solidez muito óbvia em The Sixth Sense (1999) e em Unbreakable (2000), que culminava na excelência de Signs (2002) e na complexidade de The Village (2004). Tudo isso é desbaratado neste seu quarto filme, em que um enredo em que a fantasia se confunde com irrealismo e onde o final é acelerado ao ponto do desmoronamento.


Shyamalan continua a avaliar com precisão o momento actual do mundo. E, no meio da guerra que preenche o espaço mediático, quis decerto implementar uma fábula esperançosa, que invertesse o estado de espírito contemporâneo. Mas não consegue nunca instalar a suspensão da descrença que deveria ser o motor do filme. Pior, não há nenhum momento particularmente marcante. É irrelevante, mesmo naquilo que diz sobre o mundo actual. E irrelevante ele nunca tinha sido. É pena.


* É estranho, mas sinto-me sempre mais à vontade a criticar um filme de que gosto do que um de que não gosto. Será que, ao contrário do que se diz por aí, dizer bem é mais fácil do que dizer mal?

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2 Comentários:

Blogger C. disse...

Bem, eu nem perco tempo a escrever sobre o que não gosto. A não ser, claro, quando tinha grandes expectativas e estas saíram defraudadas.

No caso de 'Lady in the Water' tal não aconteceu. Foi bom constatar que não é tão mau como muitos o pintam... embora também admita que não seja tão bom como eu desejava que fosse.

8:51 da tarde, outubro 04, 2006  
Blogger Susana Fonseca disse...

Ainda não vi "Lady in the water", mas tenho algumas expectativas, pelos anteriores filmes. Gosto bastante de "unbreakable" e "The Village", talvez o que menos me agrada seja "Signs". Em relação a "The sixth sense" foi uma daquelas agradáveis surpresas.

3:18 da tarde, outubro 05, 2006  

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