Duplo Padrão
Depois de deixar de aceitar o King Card nos seus cinemas, o grupo Medeia decidiu lançar o seu próprio cartão de cinema – o Medeia Card, a funcionar exactamente nos mesmos moldes que o primeiro cartão funciona. Preza-se a originalidade da iniciativa, mas a questão vai além da concorrência desleal avançada por Hugo Alves. É um duplo padrão: se ambos os grupos se diferenciassem de forma tão afincada em termos de exibição quanto se querem diferenciar em termos de marketing, a exibição cinematográfica em Portugal seria bem melhor. Basta ver as partilhas de filmes entre os dois grupos.
Etiquetas: Discussão
5 Comentários:
Quando disse isso, o meu "juristómetro" estava ligado. Oh se estava, meu caro...
Caríssimo:
acredito que sim. Mas num sistema capitalista, que se baseia na livre concorrência e no mesmo produto ao preço mais competitivo possível, falho em ver onde está a concorrência desleal - a não ser do ponto de vista moral, claro está. Peço-te, então, que ligues esse teu "juristómetro" - coisa que não possuo - e o expliques, no meu ou no teu blog. A julgar pelas tuas palavras, este caso pode ser mais complexo do que parece...
Cumprimentos,
Miguel Domingues
Sim, a concorrência é um valor a preservar. Mas quando um concorrente actua num determinado mercado - que por acaso é o mesmo - deve procurar distinguir o seu produto e não lançar um igual, pondo-o mais barato ou tentantdo desacreditá-lo...
Vendo isto de fora, não colocaria de lado uma POTENCIAL situação de concorrência desleal (no "belo" art. 317 do Código da Propriedade Industrial), porque o novo produto é, por assim dizer, parasitário, pois baseia-se num semelhante -já existente- e até lança uma frase não muito abonatória (que liga gostar de cinema a abominar pipocas. Em tese concordo com o slogan. No caso concreto, eu lanço um juízo de censurabilidade sobre essa frase) para esse produto.
Isto claro, para não falar de um comportamento APARENTEMENTE contra as regras de boa fé que regem a actuação ao abrigo de um contrato (diz-se que foi uma decisão unilateral - sem pré-aviso? - da Medeia). ISto claro, do ponto de vista do expectador que vê tudo de fora. Obviamente, o meu diagnóstico estará errado.
Repara, Haugo, de um ponto de vista ético, concordo com o que tu disseste - e disse-o no meu post. Mas não sabia que havia substrato legal. Segundo percebi, deve-se á precedência do King Card e ao à quebra unilateral e sem aviso da parceria. E não creio que estejas errado. Quem sabe se os advogados do grupo Millenium não estão já a pensar nisso?
Take Care,
Miguel Domingues
Hugo, desculpa, lapso puro.
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