Mais vale só...
In Good Company ( Uma Boa Companhia) é um filme banal, sobrevalorizado, impecavelmente bem feito mas inócuo. Não causa efeito, não deixa marcas, dura apenas duas horas. Dennis Quaid interpreta um director de secção de anúncios de uma revista desportiva de sucesso. Adquirida por um magnate, esta sofre uma reestruturação profunda, e Quaid é despromovido. O seu novo patrão (Topher Grace), que não o despede por conhecer a sua complicada situação familiar, envolve-se com a filha deste, Scarlett Johansson, causando perturbações na vida de todos.
Produção muito polida realizada por Paul Weitz ("About a Boy"), tem uma curiosa perspectiva sobre a globalização, nomeadamente criticando o facto de as corporações actuais se basearem na cinergia, a troca de capitais entre empresas do mesmo grupo de forma a que o público e a comunicação com este sejam meros pró-formas. Ao invés, a visão sobre o quotidiano familiar da personagem de Dennis Quaid defende, pela enésima vez, a visão da família americana como lugar de amor, de compreensão e de sacrifício, com capacidade de ultrapassar todos os problemas. E assim um lado do filme, banal e prevísivel, apaga outro, interessante e loquaz.
Nota apenas para os actores, que defendem garbosamente um filme que não o merece.
Etiquetas: Impressões
2 Comentários:
Não é um grande filme, mas consegue cativar, e dentro do estafado género da comédia romântica é do melhorzinho que tem aparecido ultimamente...
Creio que em grande medida sai realçado por não ter havido, recentemente, grandes comédias românticas, mas isso não desculpa a banalidade do filme...
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