sábado, agosto 12, 2006

Ensaio - Era Uma Vez na América - 6. Conclusão



Once Upon a Time in America é visto de maneira diferente por ter sido o último filme de Sergio Leone. A morte do cineasta, juntamente com o desenvolvimento ao ponto da súmula das temáticas que, em parte, já enformavam Once Upon a Time in The West (1966) e Giú la Testa/ Fistful of Dynamite (1972), exponenciou o seu carácter de súmula de obsessões. Por outro lado, cristaliza também uma postura em relação à América, digna do panteão de visões de um território mítico e universal feitas por quem lhe é exterior e onde se incluem, por exemplo, obras de Franz Kafka e de Boris Vian. Por último, a sua vertente meta-cinematográfica, patente na utilização dos códigos de géneros cinematográficos com vista não apenas a uma localização num património fílmico, mas a uma sentida homenagem, encontra na obra uma concretização exemplar. Com Once Upon a Time in América Leone cimentou-se, a par com os cineastas da Nouvelle Vague francesa, na modernidade cinematográfica, onde a matriz formal do cinema clássica era insuficiente e inapropriada para dar conta não só dos dilemas da vida moderna como da imensa influência que o passado cinematográfico deixou. Once Upon a time in America ergue-se, assim, como pedra de toque da modernidade do cinema, e como obra máxima na carreira do cineasta italiano.

7. Filmografia

LEONE, Sérgio: Once Upon a Time in America, Warner Home Vídeo, 2003

8. Bibliografia
AGUILAR, Carlos: Sergio Leone, Ediciones Cátedra, colecção Signo e Imagen/ Cineastas, 2ª edição, Madrid, 1999

FRAYLING, Christopher: Sérgio Leone – Something to do With Death, Faber and Faber, 1ª edição, Londres, 2000, pp.379-463
RODRIGUES, António: “Once Upon a Time in América” in Folhas da Cinemateca, pasta 59

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1 Comentários:

Blogger Miguel Barbosa disse...

Excelente Trabalho.
Vou indica-lo num Link no meu Blog.

10:59 da manhã, agosto 31, 2007  

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