Inquietação das três da manhã
Quem me conhece, sabe que sou fanático por futebol. Mas uma coisa tenho de perguntar, perante a afirmação sucessiva de que uma ida ao cinema é cara: como é que um país em que, todos os fins-de-semana, perto de oitenta mil pessoas (segundo cálculos meus, que juntam as assistências médias dos três grandes às assistências dos chamados clubes "pequenos") gastam entre dez a cinquenta euros para ver um jogo de futebol - fora cotas mensais de sócio - , podem dizer que um bilhete de cinema é caro?
Qual é a vossa opinião?
Etiquetas: Inquietação das Três Da Manhã
4 Comentários:
Convenhamos que o cinéfilo em Portugal tem a vida complicada. O bilhete pesa no orçamento e os DVD's são, por via de regra, a preços proibitivos.
Quando ao Mundo do Futebol, esses gastos devem-se ao escalonamento de prioridades de qualquer um. Como ainda vivemos numa sociedade em que a alimentação do espírito é vista como algo supérfluo, até que nem é de admirar. Infelizmente.
Acho que tem mesmo a ver com o gosto pelo espectáculo, pelo clubismo e... pela cultura que temos. Infelizmente, o cinema que interessa a alguns dos milhares que preferem ir ao futebol é interpretado por exemplos como esses que tens na imagem, com enredos quase indispensáveis. Got it?
Concordo com o Tejo: parece-me que o grosso das pessoas que dizem que o cinema é caro, não são as que vão ao futebol.
Para mim é simples: o futebol é caríssimo e o cinema depende: é relativamente caro para o espectador ocasional, barato para o cinéfilo King Kard.
Rapazes, não me perceberam: não me referia ao cinéfilo. Referia-me ao público comum. A frequência cinematográfica está a baixar. Quiçá por desinteresse, quiçá por meios alternativos de obtenção dos filmes. Essa queda no número de espectadores não se dá tanto no cinéfilo, quanto no espectador médio. E esse espectador, que enche os estádios, diz amiúde (pelo menos a julgar por argumentos repetidos nos jornais) que ver um filme pesa no orçamento. Respeito a decisão dessas pessoas, e adorava poder ir à bola mais vezes. Mas não compreendo muito bem o argumento.
Pelo menos isto é a minha visão.
Muito obrigado a todos,
Miguel Domingues
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