sexta-feira, janeiro 26, 2007

Lest We Forget


quarta-feira, janeiro 24, 2007

A Considerar - II


Our opposites are always robed in sexual sin, and it's from this unconscious conviction that demonology gains both its attractive sensuality and its capacity to infuriate and frighten.


Arthur Miller, nas suas notas a The Crucible (1953)

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Inquietação das Três da Manhã - V


Não sei porquê, mas ocorreu-me que Jesus Christ Superstar é talvez o filme que melhor tenha resistido ao tempo em toda a história do Cinema: pôr figuras biblicas a cantar canções de Andrew Lloyd Webber com um travo viscoso a anos 70 era tão ridículo em 1972 como é hoje.

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sexta-feira, janeiro 19, 2007

Dificuldades

Estou sem Internet em casa. Por isso, postagens novas ou aprovação de comentários podem demorar um pouco. As minhas desculpas.

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terça-feira, janeiro 16, 2007

Iniciais H.B.


segunda-feira, janeiro 15, 2007

Já sabemos!



Galardoado com o prémio de melhor realização em Cannes 2006 (porquê?) e nomeado para um sem-número de outros prémios, Babel arrisca-se a ficar como o filme definidor desta temporada. Arriscamo-nos, por outras palavras, a ver concentradas nele as atenções, e a vermos os Óscares confirmados ou refutados nos diversos prémios que, mais ou menos importantes consoante os casos, os antecedem. Isto em detrimento, por exemplo, de The Departed, bem mais interessante, ou de outros de interesse ainda averificar, como The Good German de Steven Soderbergh ou Little Children de Todd Field. Babel é um filme que não merece a atenção que lhe está a ser dada, nem é tão importante quanto, algo solenemente, se acha.

Adiante-se, aliás, que Babel não é um filme mal intencionado, a tentar lucrar com a má-consciência do espectador; pelo contrário, parece feito com salutar honestidade. . O seu defeito é tratar questões relativamente consensuais (o tratamento a que são sujeitos os imigrantes hispânicos nos EUA; as virtudes que existem em partes do mundo islâmico; a desumanização de sociedades altamente desenvolvidas como a japonesa) como se fossem tremendas novidades, revelações a serem incorporadas rapidamente no pensamento comum. Obrigado, mas, no meu caso pessoal, já sei que os imigrantes são, para muitos dos que os acolhem, gado, e sei igualmente que nem todos os muçulmanos são terroristas. E não preciso de duas horas e quarenta minutos de Babel para mo lembrarem.




Exemplo cabal dos defeitos do terceiro filme de Alejandro Gozalez Iñárritu é o segmento marroquino. Um Brad Pitt absolutamente decorativo recompõe a sua relação com a esposa, uma luminosa mas também decorativa Cate Blanchett. Banalidades, despesismo, um enorme vazio a passar, por incapacidade e não por má vontade. Um potencial político abdicado, substituido por nada. Não se percebe bem o que lá está tudo isto a fazer.

E, apesar de tudo, quanto haveria por mostrar de Chieko, a bomba de insanidade magistralmente interpretada por Rinko Kikuchi, a precisar da mais elementar comunicação entre dois corpos para se fazer ouvir. É o único segmento digno de nota, e quase justifica o preço do bilhete. Para fazer um filme interessante, Iñárritu teria de abdicar do panfleto e tentar pôr pessoas no resto da obra. Não o faz, e por isso cai na irrelevância. Por culpa própria.

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A Pompa Negra (mais uma vez...)




Christopher Nolan prometia ser um autor. Depois de Memento(2000), contudo, o apelo do sistema foi mais forte. Seguiu-se o muito razoável Insomnia (2002), Al Pacino e Robin Williams em rara forma, e posteriormente, a pompa negra de Batman Begins (2005), banal e a cheirar a dinheiro por tudo o que é lado. Esse cheiro a estúdio, essa negritude bem financiada, estende-se a The Prestige, inclusivamente na manutenção, em papéis principais, de Christian Bale (sempre no meio termo entre o posh e a classe operária) e Michael Caine (toque imediato de classe em todos os filmes em que participa). Juntam-se a este duo o galã Hugh Jackman e a sempre carnal Scarlett Johansson (sem sotaque inglês, por manifesta incapacidade técnica) e a temática da prestidigitação, autêntico "teatro dos sonhos" no mundo bipolarizado entre ricos e pobres da Inglaterra vitoriana.





Todos os filmes de Nolan remetem para uma ideia de obsessão, e, em The Prestige, essa obsessão é a competição entre dois ilusionistas, que desejam tornar-se, cada um, o maior mágico da sua época. É isso o mais interessante da obra: uma guerra sem quartel entre duas personagens, em que todos vão, mais tarde ou mais cedo, enfiar as mãos no lodo. A narrativa escurece a cada passo, e, inclusivamente, "barroquiza-se", e o excesso instala-se. O último plano, por exemplo, estabelece uma ideia do terrível e do sacrifício em prol de uma arte (mas também do reconhecimento público) raras vezes vistas no cinema comercial.

Pena é que Nolan não tenha mão mais forte no desenrolar e no ilustrar da narrativa. Um filme sobre ilusionismo terá sempre que incorporar a ilusão na sua estrutura. Acontece que a sucessão de twists no último terço do filme é tal que, ao invés de provocar a "suspensão da descrença", reforça o distanciamento. Nenhuma reviravolta que, pelo simples factor repetição, já é esperada, pode ser eficaz. O twist que envolve a personagem de Christian Bayle, então, é digno de um romance de cordel vendido em bombas de gasolina.




Nolan é, contudo, um tarefeiro melhor que a maioria, e consegue equilibrar o filme, fazendo-o um prazenteiro exemplo do cinema comercial de alguma qualidade. Está muito longe de ser um mau filme, embora não seja propriamente bom. Acaba por ser um objecto divertido, e com alguns momentos muito bons (quase todos os que contam com a participação de David Bowie). E podia ser pior.

(ver nota no Um Milhão de Estrelas)

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

A considerar - 1






Like the cadences of Georges Delerue's score, Truffaut is always inquiring, using the 20-year relationship of a prickly threesome as the jumping-off point for head-spinning moral and sexual scrutiny. If Jules is the Don Quixote to Jim's Sancho Panza, then Catherine is their windmill: Always tilting toward her, the men are oblivious that she is the apotheosis of obscure objects of desire. This free spirit drops clues like bread crumbs (she admires a character in a play for her ability to invent her own life), but Jules and Jim, victims of their culture-vulture precepts, readily ignore them. Duped by their civility, these men ask for Catherine to bulldoze their ideals.

A woman is a woman to Godard, but Truffaut saw deeper. Catherine is autonomous, using her sex as leverage to claim a man's sense of freedom. Truffaut doesn't typecast Catherine as a feminist or a repudiation of one. She is wild, passionate, maybe even a little mad, but always straight—which is to say, she is more real than anyone in the film's carnival of souls. But she is above all a romantic, and like another famous Catherine familiar to fans of Emily Bront and Kate Bush, her love is potentially metaphysical. Daring us to understand her,
Catherine shatters traditional views of women [sublinhado meu], just as Jules and Jim's visual panache destroyed conventional opinions of film art.


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segunda-feira, janeiro 01, 2007

Recordar é Viver

Este ano marca os aniversários redondos de, entre outros:

Star Wars de George Lucas – 1977

Annie Hall de Woody Allen– 1977

The Graduate de Mike Nichols– 1967

Bonnie and Clyde de Arthur Penn- 1967

Le Notti di Cabiria de Federico Fellini– 1957

12 Angry Men de Sidney Lumet– 1957

Paths of Glory de Stanley Kubrick– 1957

The Bridge on the River Kwai de David Lean– 1957

Morangos Silvestres de Ingmar Bergman– 1957

Out Of the Past de Jacques Tourneur- 1947

Metropolis de Fritz Lang– 1927

The General de Buster Keaton– 1927


Bom Ano e Bons Filmes Para Todos

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SuperLiga

1. Munique de Steven Spielberg

2. Juventude em Marcha de Pedro Costa

3. Nada a Esconder de Michael Hanake

4. Mary de Abel Ferrara

5. Brokeback Mountain de Ang Lee

6. Miami Vice de Michael Mann

7. A Dália Negra de Brian DePalma

8. Uma Familia à Beira de Um Ataque de Nervos de Jonathan Dayton, Valerie Faris

9. Carros de John Lasseter

10. Entre Inimigos de Martin Scorsese

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Liga de Honra

11. Voltar de Pedro Almodôvar

12. Os Amantes Regulares de Philipe Garrel

13. Match Point de Woody Allen

14. Transe de Teresa Vilaverde

15. A Lula e a Baleia de Noah Baumbach

16. Boa Noite e Boa Sorte de George Clooney

17. Eu e Tu e Todos os Que Conhecemos de Miranda July

18. A History of Violence de David Cronenberg

19. Gabrielle de Patrice Chereau

20. A Ciência dos Sonhos de Michel Gondry

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