:2
Etiquetas: Dispersões
"La critique c'est l'art d'aimer." - Jean Douchet
Etiquetas: Dispersões
Etiquetas: Dispersões
Etiquetas: Manuseamento
Etiquetas: Impressões
Etiquetas: Impressões
Etiquetas: Impressões
Líbano 2006 (Adivinha Quem Voltou...)
Etiquetas: Dispersões
Etiquetas: Impressões
Num meio cinematográfico que, bastas vezes, gera burburinho injustificado, não é de estranhar que Me and You and Everyone We Know, estreia de Miranda July, tenha granjeado respeito e admiração em quase todas as paragens do seu périplo comercial e festivaleiro. Nada há aqui do amorfo e ineficaz presente num filme como You Can Count on Me de Kenneth Lonnergan; pouco há aqui da sobrevalorização dada a Mean Creek (que é um bom filme, mas nada do que alguns fizeram dele) de Jacob Aaron Estes; ainda nada há da repetição insuportável e degradante do cinema de Larry Clark. É, então, uma obra que na sua individualidade e no seu lirismo, está confortavelmente no que poderia e deveria ser o paradigma de originalidade do cinema independente americano.
Histórias cruzadas de gente desamparada, Me and You… mostra os grandes momentos da vida travestidos de acontecimentos do quotidiano. Seja a iniciação sexual, a morte, a interrupção de uma relação, o começo de outra ou a solidão, nada escapa a uma postura que funde a emoção a uma observação simultaneamente lúcida e subjectiva, cheia de carinho humanista para com as personagens. É um filme cuja visão deixa um conforto na alma, mesclado de nostalgia por coisas com as quais nada temos a ver, mas pelos quais, de formas diferentes, já passámos. É, em suma, um filme que depende em muito da (falta de) resistência emocional ao que nele é mostrado, resistência essa que é combatida assaz eficazmente pela extraordinária musica que pontua as imagens. Resumi-lo ou recontá-lo é como definir um bom vinho pela sua fórmula química, esquecendo o travo doce e aveludado.
Por favor, deixem-se entrar nele.
Etiquetas: Impressões
Etiquetas: Interferências Musicais
Etiquetas: Especiais